Foi prorrogado por mais 17 dias o prazo para que os municípios gaúchos afetados pela grande enchente de maio deste ano cadastrem famílias que possam ser beneficiadas pelo Auxílio Reconstrução.
O prazo para que as cidades pedissem o benefício aos atingidos pela inundação terminaria às 17h desta terça-feira, dia 25, mas o ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul Paulo Pimenta, confirmou que as Prefeituras poderão enviar as solicitações até o dia 12 de julho.
Um total de 444 cidades gaúchos já tiveram a situação de calamidade ou de emergência reconhecida pelo Governo Federal, permitindo a liberação do auxílio de 5 mil e 100 reais aos atingidos pela cheia. Entretanto, 166 municípios ainda não realizaram o pedido do benefício aos atingidos. Por isso a Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) solicitou a prorrogação do prazo para o cadastro. “Não é razoável que famílias que já podiam ter recebido sequer tenham sido cadastradas. Vamos prorrogar em respeito às famílias e fazer um chamamento às prefeituras para que cumpram esse prazo", disse o ministro.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), responsável pela gestão do programa, destaca que as análises das famílias já cadastradas e com direito ao benefício e, consequentemente, os pagamentos do Auxílio vão continuar após o dia 12 de julho até a finalização de todos os processos.
As prefeituras devem cadastrar os dados das famílias na página do Auxílio Reconstrução e, após análise do sistema, o responsável familiar precisa confirmar as informações no mesmo site. Na sequência, a Caixa Econômica Federal realiza o depósito em conta. Até o momento, 256,7 mil famílias de 115 municípios foram aprovadas no benefício, sendo que 226,5 mil estão com o dinheiro na conta, o que totaliza mais de R$ 1,1 bilhão.
O Governo Federal espera atender 375 mil famílias gaúchas, representando R$ 1,9 bilhão de recursos destinados ao Auxílio. Inicialmente, o valor destinado ao Auxílio Reconstrução era de R$ 1,23 bilhão para 240 mil famílias. O valor é recebido em parcela única, para ajudar na recuperação de bens perdidos nas enchentes. Não há critério definido para a utilização do recurso. O valor pode ser usado da maneira que as vítimas acharem melhor.