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MONTENEGRO- Recorde de focos de Aedes em janeiro faz município reforçar ações nos bairros
Os números de janeiro indicam que 2023 será um ano de árduas batalhas contra a Dengue em Montenegro. Dados levantados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Vigilância Sanitária, mostram um aumento da quantidade de focos do mosquito Aedes Aegypti em relação aos meses e anos anteriores. Nestes primeiros dias, foram registrados 105, um recorde para o período. Em todo o ano passado, haviam sido 361.
A situação faz com que a Vigilância reforce as ações nos bairros, principalmente, quando se trata da conscientização da população. Na manhã desta quarta-feira (01), algumas equipes do setor realizaram a colocação de armadilhas “Ovitrampas” em vários espaços do município. De acordo com a agente de combate a endemias da Vigilância em Saúde, Janquieli Monique Dutra, os servidores deixam um vaso com ovitrampas em local aberto, que não pegue sol ou chuva, acrescentam água e levedo de cerveja. A armadilha fica cinco dias no lugar e é recolhida pelos agentes. “Realizamos essa atividade semanalmente para que possamos ter um mapeamento dos focos positivos de Aedes no Centro e nos bairros”, enfatiza.
A chefe da Vigilância, Beatriz Garcia, mostra preocupação com os dados do mês de janeiro. Segundo ela, é a primeira vez que a cidade registra um número tão grande em um pequeno período de tempo. “Vamos solicitar, novamente, que a população tome cuidado, revise seu pátio e cuide para não ajudar o surgimento do Aedes”, pondera. Neste momento, Montenegro possui apenas dois casos suspeitos de Dengue. No entanto, segundo a chefe da Vigilância, se os números de focos continuarem aumentando desta forma, os casos podem começar a se multiplicar na cidade.
Montenegro não é a única cidade que sofre com a presença do Aedes aegypti. No total, 91% dos municípios gaúchos são considerados infestados pelo mosquito da Dengue. Para dar uma resposta ao inseto, a Vigilância continua atuando na fiscalização das residências nos bairros e na conscientização dos moradores. “Deixando água parada em casa, os próprios moradores serão prejudicados”, enfatiza Beatriz. Os bairros com maior incidência seguem sendo o Centro e o São Paulo, este último que contabilizou mais seis focos no último dia.
Focos de Dengue na cidade por ano
2023 - 105 focos (só em janeiro)
2022 - 361 focos
2021 - 200 focos
2020 - 78 focos