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Estados do Sul se unem para combater a pandemia

Os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior,  e de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, se reuniram na tarde desta quarta-feira, dia 17, na sede do governo catarinense, em Florianópolis. Eles definiram ações conjuntas de enfrentamento à pandemia na região Sul.

 

Conforme o governador gaúcho, o objetivo é um alinhamento de estratégias para enfrentar esse momento crítico da pandemia. "Os nossos Estados têm perfil sócio-econômico semelhante. E enfrentamos um comportamento da pandemia, de fevereiro para cá, muito semelhante. Portanto, alinhamento é fundamental", defendeu Eduardo Leite.

 

Entre as medidas definidas está a adoção de uma estratégia de estoque regulador de insumos e medicamentos fundamentais para a intubação, por exemplo, e que estão tendo dificuldade de oferta no mercado. "Acertamos coordenar as nossas compras e formar este conjunto de estoque regulador sincronizado entre os Estados, para atender as eventuais necessidades emergenciais de hospitais para esses medicamentos", explicou o governador.

 

Também teve acordo para compra conjunta de vacinas no futuro, diferente do que ocorria até agora, quando cada Estado individualmente se movimentava neste sentido. "Vamos fazer articulação conjuntamente na provocação às farmacêuticas, com o intuito de demonstrar firme disposição para a aquisição das vacinas", disse Eduardo Leite. Esta ação, segundo os governadores, busca fazer com que os três Estados possam ter mais rapidamente essas vacinas disponibilizadas.

 

Também serão integradas as centrais de regulação hospitalar. Esse acordo permitirá que, em casos mais extremos e havendo disponibilidade de leitos, pacientes de um Estado possam ser transferidos para outro em busca de atendimento adequado. Isso, de acordo com o governador gaúcho, trará maior rapidez na busca por internações, algo fundamental para o perfil da Covid-19 e suas variantes.

 

De acordo com o governador gaúcho, o Rio Grande do Sul vê uma pressão muito forte nos hospitais. Mas ressaltou que ela já não aumenta, como era observado nas semanas anteriores. "Isso é efeito, sim, das restrições, das medidas que tivemos que adotar e que agora permitem que a gente se prepare para fazer algumas liberações pontuais", disse Eduardo Leite.

 

Segundo o governador, com muitas restrições, com muita fiscalização, será possível ampliar o funcionamento de atividades a partir da próxima semana. "Temos que preservar a saúde das pessoas, mas também considerar a pressão econômica, para que as famílias tenham a sua capacidade de subsistência assegurada. Há uma guerra que entre os cientistas e negacionistas, mas também há nesse meio uma população que precisa ser protegida na sua saúde, na sua vida e também na sua capacidade de subsistência. Com esse olhar sensível, equilibrado, com bom senso, com firmeza o Estado atua para proteger todos os gaúchos", concluiu.

 

 

Reunião com o Ministério da Saúde

Eduardo Leite, Ratinho Júnior e Carlos Moisés também tiveram uma conversa importante com atual ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e com o novo ministro, Marcelo Queiroga, tratando sobre vacinas e a perspectiva de aumento da disponibilidade de doses até o final do mês de março e durante o mês de abril.

 

O governo federal estima disponibilizar aos Estados, ainda em março, cerca de 30 milhões de doses e um avanço ainda mais forte em abril. Essa previsão se dá, em grande parte, pelo aumento da capacidade de produção dos Institutos Butantã e Fiocruz.  



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