Uma pesquisa realizada a partir dos dados disponíveis na plataforma da Anatel, conhecida como Painel de Dados, observou um aumento praticamente contínuo de reclamações contra operadores desde janeiro até setembro deste ano no estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram organizados pela Selectra, organização especialista no setor de telecomunicações
Dos resultados obtidos, Porto Alegre foi a cidade que mais acumulou queixas contra operadoras no período, totalizando cerca de 34 mil solicitações. O estudo também observou a curva de solicitações de queixas registradas no órgão regulador. A partir de fevereiro, o número de clientes insatisfeitos aumentou de forma contínua até maio, apresentando uma leve queda em junho. Julho foi o mês com mais reclamações nesse período analisado, chegando a representar o ponto mais alto da curva, com 12,2 mil queixas.
Março foi o mês em que iniciou o isolamento e distanciamento sociais, onde mais sul-rio-grandenses sentiram a necessidade de estarem conectados. Outros fatores também impactaram no desempenho das operadoras aos olhos dos clientes, como, por exemplo, a queda de clientes de TV por assinatura (perda de 100 mil assinantes), e o aumento de assinantes dos serviços de streaming.
Quanto às operadoras que mais detiveram queixas ao longo da pandemia, a Claro foi a companhia com mais queixas, acumulando, no total, 30,7 mil solicitações. Na sequência, a Vivo foi a companhia com mais reclamações acumuladas: 27,8 mil. Por último, a Oi ficou em terceiro lugar, com 23,2 mil solicitações.
O serviço com mais queixas no período analisado foi a telefonia móvel (pós e pré-paga) com 43,6 mil queixas. A banda larga, essencial ao longo da pandemia, especialmente para aqueles que tiveram (e ainda têm) que trabalhar na modalidade home office, acumulou 22,7 mil queixas. TV e telefonia fixa acumularam menos queixas, 11 mil e 16,3 mil, respectivamente.